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“... E não deram crédito à sua palavra; antes, murmuraram em suas tendas e não acudiram à voz do SENHOR” (Salmo 106:24-25).

"Murmuraram em suas tendas." Não é ainda o grave pecado da revolta, do desvio declarado da fé. Trata-se do começo disso, de simples "murmúrios" sufocados, escondidos, talvez ouvidos somente "em suas tendas".

Assim mesmo, foi o ponto de partida de eventos fatais na história do povo de Israel. No átrio cantam-se louvores a Deus e diante do público dá-se testemunho do Senhor, mas "em suas tendas" há murmúrios.

Murmúrios contra a situação, contra as circunstâncias da vida. Por quê? Porque não cremos nas promessas, não obedecemos à voz do Senhor. Entretanto, a situação que nos perturba (não a que nós mesmos críamos, por incredulidade ou indiferença) não é maior do que Deus, não lhe é indiferente.

Devemos ouvir somente o que diz Sua palavra e obedecer, sem murmúrios. Se murmuramos, mesmo "em nossas tendas", Deus ouve e Seu Espírito se entristece. Sua palavra diz que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28). Eis o remédio contra os murmúrios, eis o que inspira os louvores da fé!

Murmúrios contra um ou outro, "em nossa tenda". Por quê? Por que ferir outros com pensamentos que não ousamos exprimir abertamente? Por que dar lugar, em nosso coração de remidos, à inveja, ao rancor, ao ódio, a sentimentos inspirados por aquele que é mentiroso e "homicida desde o princípio" (Jo 8:44)?

Precisamos colocar a pessoa que é objeto de nosso ressentimento nas mãos do Senhor. E, se alguém nos prejudicou, devemos dizê-lo a Deus e não murmurar.

Que seu sangue purifique nosso coração de todos os murmúrios, que seu Espírito Santo nos vivifique e estabeleça em nós uma fonte inesgotável de louvores, como diz Salmos 106:1,48:

"... Rendei graças ao SENHOR, porque Ele é bom; porque a Sua misericórdia dura para sempre [...] e todo o povo diga: Amém! Aleluia!"